Marcelo da Santa Casa aponta prováveis causas das enchentes

 

O vereador Marcelo Augusto de Assis (PSD), o Marcelo da Santa Casa, disse que no último dia 7 de março houve uma reunião entre Defesa Civil do Estado, DAEE, representantes dos municípios de Guaratinguetá e Aparecida para buscar solução para a Barragem dos Mottas. “As enchentes ocorreram por vários fatores: Algumas bombas não funcionaram, o Ribeirão dos Mottas transbordou por causa da barragem, no Engenho D´Água o Ribeirão transbordou por causa de muita água que veio do lado de Cunha e na região urbana foi por causa da infraestrutura ultrapassada e é claro também pela grande sobrecarga de água”, comentou Marcelo Santa Casa.

O vereador vem acompanhando a questão da barragem dos Mottas desde o ano passado e soube que em 2018 a Promotoria de Justiça de Aparecida moveu uma ação contra o DAEE e contra o Estado de SP sobre os problemas na barragem que fica em Aparecida. “Esse ano saiu uma decisão punitiva que obriga o governo de São Paulo a fazer os reparos necessários na barragem e também apresentar um Plano de Contenção”, afirmou o vereador.

Engenheiros do DAEE vistoriaram e detalharam que a barragem dos Mottas apresenta condições estruturais estáveis e para as manutenções emergênciais apontadas no relatório, será realizado o orçamento do conserto da válvula de uma das comportas e será criado um grupo de trabalho com participação da Defesa Civil, DAEE e as prefeituras de Aparecida e Guaratinguetá com objetivo de definir um plano de ação em conjunto.

De acordo com o engenheiro civil Gustavo Benito Catanhêde Guarnieri, para se evitar desastres como o ocorrido em Guaratinguetá, é preciso fazer a intervenção nas cavas e as margens dos ribeirões. “Uma das formas mais eficazes de conter esse tipo de problema é o desassoreamento, pois a forma de remoção mecanizada e a limpeza das cavas dos rios, córregos e ribeirões consiste na retirada de areia e lodo do fundo, deixando-os mais fundos e com maior fluxo hídrico”, explicou Gustavo Guarnieri.

O Jornal Nosso Pedregulho entrou em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura de Guaratinguetá para saber se as limpezas e desassoreamento dos ribeirões estão sendo realizados e a resposta foi que a prefeitura não tem autorização para fazer desassoreamento em nenhum dos três ribeirões que cortam o município (São Gonçalo, Mottas e Guaratinguetá), para isso é preciso ter autorização dos órgãos DAEE e CETESB. Por telefone a assessoria informou que não fez a solicitação aos órgãos para a realização dos desassoreamentos. “Em 2023 a prefeitura realizou o desassoreamento em um pequeno trecho do Ribeirão dos Mottas e em breve outra ação deve ser feita no local”, informou a assessoria de comunicação da prefeitura.

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