Editorial Minha liberdade termina quando começa a tua
Nos últimos tempos milhares de pessoas têm discutido e opinado a respeito da liberdade de expressão na internet. Para uns vale tudo e para outros nem tudo é valido, mas o certo é que usar a internet para ofender ou prejudicar qualquer pessoa é crime e pode acarretar processos no campo cível com dano moral e, na área criminal como injúria, calúnia e difamação.
A
liberdade de expressão deve ser garantida a todos, independente do gênero,
raça, classe social, cor ou religião, o que não pode ocorrer em hipótese alguma
é que as pessoas confundam liberdade de expressão com liberdade de agressão.
Uma matéria publicada em janeiro deste ano na revista Veja mostrou que o Brasil
é o segundo país no mundo que mais registra casos de bullying (ameaçar,
maltratar, assustar, oprimir, arreliar) na internet.
É
grande o número de pessoas que entram em depressão por causa do cyberbullying (assédio
moral na internet) e existem fatos piores, por exemplo o caso do americano
Tyler Clementi de 18 anos que se matou após ter suas fotos intimas publicadas
na internet sem o seu consentimento e também, o caso da britânica Hannah Smith
de 14 anos, que se matou após recebe ofensas pela internet. Esse tipo de coisa
não deveria acontecer e é por isso que é preciso que os órgãos competentes do
Brasil punam todos que usem a internet para espalhar mentira, xingar, ofender, oprimir,
ou que exponha pejorativamente pessoas ou órgãos.
No
Brasil um adolescente de 13 anos morador do município de Guarujá desabafou em
uma matéria publicada no site do g1. Ele contou que sempre que postava suas
fotos na internet, alunos da escola municipal em que ele estudava o xingavam de
bolo fofo, gordo, saco de areia, baleia entre outros xingamentos. A rede
municipal de ensino do Guarujá apresentou palestras no sentido de orientar
sobre os problemas causados pelos xingamentos e, como os alunos poderiam se
proteger, mas neste caso a solução para o problema foi o menino que sofreu
assédio moral foi mudar de escola.
Muitas
pessoas sabem como agir ao serem assediadas moralmente pela internet, mas
milhares de pessoas não sabem e acabam ficando tristes, em silêncio, e acabam entrando
em depressão e as vezes a válvula de escape é a morte. Vale lembrar que esse
tipo de problema não é uma coisa que ocorre apenas com jovens, pessoas de
diferentes idades sofrem com o cyberbullying.
Passou
da hora para que os órgãos competentes do Brasil impeçam que a maldade e a
mentira prosperem na internet. Na Europa desde fevereiro deste ano os serviços
digitais têm Lei punitiva às plataformas mais utilizadas -TikTok, Facebook,
Instagran, X, Apple, Alphabet (Google), Microsoft e Amazon. Com base nesta Lei
a União Europeia iniciou em dezembro do ano passado uma investigação formal
contra X (antigo Twitter), empresa do milionário Elon Musk, por suspeitas de
que a plataforma não cumpriu suas obrigações em termos do combate contra a
desinformação, a incitação ao ódio e a divulgação de imagens violentas.
E
você, de que lado está? Daquele que acredita que na internet vale tudo, ou do
lado do respeito e dos bons costumes? Se quiser use nosso e-mail contato.jornalnossopedregulho@gmail.com ou o WhatsApp 12
9196-0404 para dar sua opinião.
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