Igreja Adventista não permite política dentro de suas dependências
O pastor evangélico Daniel Mendes dos Santos, da Igreja Adventista do Sétimo Dia do bairro Pedregulho, graduado em Teologia e pós-graduado em Pedagogia e Gestão Educacional, contou que uma decisão válida internacionalmente não permite que se faça política dentro das Igrejas Adventistas. “Quando um político vem a nossa Igreja eu agradeço a presença dele, mas não permito que ele use o microfone, que peça votos ou faça política dentro da igreja. Nós apoiamos quem está no Poder, quando o Bolsonaro era o presidente nós apoiamos, hoje o Lula tem 100% do nosso apoio”, frisou o teólogo, lembrando que não há proibição de os adventistas serem políticos, eles só não podem usar a Igreja para fazer política.
O
teólogo conta que caso um adventista que seja líder ou ocupem um cargo nos
trabalhos da Igreja e, queira disputar uma eleição política, ele é afastado de
seus afazeres. “O nosso objetivo não é a terra, nosso foco é o céu, por isso
não influenciamos na política” esclarece o pastor.
A
Igreja Adventista do Sétimo Dia é uma denominação cristã protestante
restauracionistas e sabadista. Atualmente a igreja têm no mundo 21,9 milhões de
membros e, surgiu como um movimento nos Estados Unidos da América do Norte em 1831
e foi organizada em 1863.
Segundo
Daniel Santos tudo começou com o Guilherme Miller estudando a Bíblia e nestes
estudos ele percebeu que Jesus Cristo retornaria a terra. “Guilherme Miller
tinha credenciais das Igrejas: Batista, Metodista, Presbiteriana e pregava que
Jesus viria em breve, inclusive ele disse que a volta de Jesus ocorreria em 22
de outubro 1844, mas Jesus não voltou e esse é o grande desapontamento da
Igreja Adventista, pois muitas pessoas acreditando na volta de Jesus, venderam
tudo que tinham, pagaram suas contas, distribuíram dinheiro, combateram a fome
e no dia 23 de outubro de 1844 elas estavam em uma situação muito difícil”,
explicou o pastor.
Mesmo
tendo ocorrido este desapontamento, os adventistas continuaram e continuam
acreditando que Jesus voltará à terra. “O erro foi uma má interpretação da
profecia. Nós acreditamos que Jesus voltara de forma inesperada e isso pode ser
encontrado na Bíblia na 2ª epístola de Pedro, capítulo 3, versículo 10. No
Antigo Testamento existem muitas promessas que Jesus virá e no Novo Testamento
ouve a confirmação das palavras de Jesus e é baseado nessas promessas que
continuamos pregando o retorno de Jesus, mas não uma data fixada”, frisa o
teólogo.
Em
Guaratinguetá existem duas Igrejas Adventistas, uma no bairro Portal das
Colinas e outra no bairro Pedregulho e a cidade têm cerca de 400 evangélicos adventistas
no município. A comunicação é a forma
utilizada para atrair novos evangélicos e também para levar a palavra a seus
fiéis. “Nós usamos ferramentas estratégicas para difundir as mensagens
bíblicas. Nós temos um canal de televisão, uma rádio, revistas e usamos a internet.
Também existe o contato pessoal, onde um irmão traz um amigo para participar de
um culto, esse acaba se identificando e assim vamos aumentando o número de
pessoas em nossa Igreja”, conta Daniel Santos.
As
pessoas que desejam ser pastores adventistas têm de ter formação universitária
e disponibilidade para mudar de cidade ou até de país. “Eu me formei pela UNASP
e fiquei à disposição das Igrejas Adventistas de todo o Brasil e do mundo.
Existe uma nominata com o perfil de todos os formados em teologia e assim é
decidido a cidade ou o país que iremos trabalhar e na média, o pastor permanece
na mesma cidade por quatro anos e não somos nós que escolhemos a cidade, Estado
ou país que iremos, pois acreditamos que Deus está nos conduzindo”, concluiu o
pastor.
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