MP acompanha CEI que apura suposta falha de procedimento por parte da prefeitura
MP acompanha CEI que apura suposta falha de procedimento por parte da prefeitura
Segundo
o vereador Arilson Santos (Podemos), presidente da CEI, há indicio de falha de
procedimento por parte da prefeitura. “O prefeito disse em vídeo postado nas
redes sociais que as obras em vários bairros seriam paradas porque a Câmara não
aprovou a abertura de crédito adicional suplementar, porém, para se fazer a
contratação de uma empresa para a realização de uma obra, primeiro se faz a
reserva do recurso financeiro e depois se dá sequência ao tramite correto para
a contratação da empresa que realizará a obra. Se havia a reserva, as obras não
precisariam ser paralisadas, como disse o prefeito no vídeo”, advertiu o
presidente da CEI.
Outro
ponto observado pela CEI diz respeito às placas das obras públicas, que não apresenta
dados como, nome do órgão
responsável, número e data da concorrência, número e data do contrato, valor
global da obra e tempo de duração, com a data do início e término da obra, o
que segundo a CEI evidenciam a violação do Artigo 37 da Constituição Federal,
que estipula como regra geral, que os atos praticados pela administração
pública devem ser amplamente divulgados.
O
Jornal Nosso Pedregulho analisou o vídeo postado por Soliva no Instagran e, é
possível perceber que o prefeito diz que haveria paralizações de obras e
vincula os interrompimentos à rejeição do Projeto de Lei que solicitou a
abertura de crédito adicional suplementar com valor acima de R$ 23 milhões. O
prefeito também diz se recusar a acreditar que a votação contrária por parte de
vereadores seja por questão política, mas em um trecho do vídeo Soliva diz
claramente que estão misturando administração pública de uma cidade com questão
política. Boa parte dos 4:41 minutos do vídeo o prefeito lamenta as paralizações
das obras, diz que é o fim de um sonho de décadas, diz que os moradores dos
bairros são os maiores prejudicados, sempre ligando as paralizações das obras à
Câmara ou aos 7 vereadores que rejeitaram a abertura de crédito adicional
suplementar. “Hoje a notícia é muito triste, triste para os moradores do Vista
Alegre, Vila Bela, Pingo de Ouro, Retiro, Jardim Esperança, Chácaras Agrícolas,
Bosques dos Ipês, Bom Jardim, Parque das Garças, João Daniel e Chácaras Piagui
e tantos outros bairros que iriam receber drenagem, pavimentação, reforma de
quadras esportivas, praças e Parques. Em alguns lugares inclusive, as obras já
tinham até começado, mas agora infelizmente vão parar com o serviço e essas
obras de provavelmente não vão mais acontecer. Por sete votos contra três a
favor, essa decisão da Câmara Municipal interrompe a realização de obras
importantes da cidade”, disse Soliva no vídeo.
Arilson Santos disse também que os trabalhos
da CEI estão encaminhados e ele acredita que o prazo dos trabalhos deverá
ocorrer dentro dos 90 dias previstos para o funcionamento da CEI. “Nós (membros
da CEI) nos reunimos todas as terças e quintas-feiras, já estamos analisando os
documentos recebidos, temos assessoria jurídica e, após a análise técnica da
assessoria contábil, deveremos marcar as oitivas se forem necessárias”, explicou
Arilson Santos.
A
CEI foi formada por meio de sorteio e é composta pelos vereadores: Arilson dos
Santos (Podemos) presidente, Vantuir Faria (Podemos) relator, Rosa Filippo
(PSD) secretária, Nei Carteiro (MDB) e Marcelo a Santa Casa (PSD) membros. De
acordo com o Requerimento de abertura da CEI, de 2021 até 2023 às Leis Orçamentárias
Anuais (LOA) previam a utilização dos recursos obtidos pelo programa FINISA da
Caixa Econômica Federal para execução de obras na cidade, o que não teria ocorrido
no orçamento de 2024 e, o recurso do FINISA não foi inserido na LOA de 2024.
De
acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, não será possível a
realização de todas as obras previstas com o recurso do FINISA. “Algumas delas
poderão ser feitas neste momento com a utilização da dotação orçamentária que
já estava prevista para 2024, as obras estão dentro do prazo junto à Caixa
Econômica Federal, mas é necessário que a Câmara aprove o repasse da dotação
orçamentária de 2023 para 2024”, informou a assessoria, frisando que a
prefeitura não tem nada a esconder e que a prioridade do prefeito é terminar as
obras já iniciadas nos bairros carentes. “O importante é não interromper
(obras) e ter que devolver uma verba que foi conquistada com taxa de jurus
baixa, junto à Caixa Econômica Federal”, concluiu a assessoria.
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