Parabéns Pedregulho pelos seus 130 anos de progresso

 

Parabéns Pedregulho pelos seus 130 anos de progresso

Marília de Oliveira Fontes e seu filho Luiz Antonio 

“Aqui não tinha nada. Não tinha água encanada, não tinha energia, as ruas eram de chão batido e em alguns lugares não tinha nem rua, era caminho que cortava o mato”

Em comemoração aos 130 anos do bairro Pedregulho, que faz aniversário no dia 26 de julho de 2024, o Jornal Nosso Pedregulho (JNP) entrevistou a senhora Marília de Oliveira Fontes, costureira, 83 anos, conhecida no bairro como dona Lia, que mora no bairro Pedregulho desde 1948 e, acompanhou o crescimento e o desenvolvimento do bairro. “Eu pegava carona no Carro de Boi pra ir para a escola Costa Braga, que era na avenida João Pessoa e a avenida era de terra. Antes aqui não tinha nada, poucas casas e muitos terrenos vazios. Hoje nosso bairro tem todo tipo de comércio, supermercado grande, o bairro cresceu e se desenvolveu”, disse a costureira.

Dona Lia conta que quando sua família veio morar aqui, o bairro não tinha nenhuma infraestrutura. “Aqui não tinha nada. Não tinha água encanada, não tinha energia, as ruas eram de chão batido e em alguns lugares não tinha nem rua, era caminho que cortava o mato. Eu e minha irmã íamos lavar roupa no ribeirão do bairro e na volta a gente trazia água pra casa. Me lembro das brincadeiras com meus irmãos e irmãs, tivemos uma vida simples, mas muito feliz aqui no Pedregulho”, recordou dona Lia.

É visível que o desenvolvimento do bairro Pedregulho foi pujante e seu crescimento ocorreu de forma planejada e organizada. O nome ‘Cidade Nova do Pedregulho’, como era chamado em 1894, cai bem ao bairro nos dias de hoje, pois sua estrutura é melhor e maior que muitas cidades brasileiras e, é possível perceber que a classe social dos moradores do bairro não é baixa.

Provavelmente os então proprietários da ‘Cidade Nova do Pedregulho’ até 1893 e, os proprietários posteriores em 1894, jamais imaginaram que o bairro Pedregulho tivesse tamanha evolução e desenvolvimento. Hoje, além de um comércio bem diversificado, empresas, industrias, instituições bancárias e uma saudável vida noturna (lanchonetes, bares, carrinhos de lanches e restaurantes) o Pedregulho também têm: Receita Federal, Justiça Federal, Câmara Municipal, Secretaria de Obras Municipal, Poupatempo, a Escola da Aeronáutica, a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e o Memorial das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil, que são importantes pontos turísticos. “Hoje o Pedregulho parece uma cidade, mas antigamente parecia uma Zona Rural. Eu me lembro que no dia 1º de maio de 1960 foi inaugurada a energia do bairro pelo prefeito Zollner Machado, mas ele colocou todos os postos no meio da avenida João Pessoa” rememorou a costureira, frisando que fez a 4ª série primária na Escola da Aeronáutica.

Dona Lia revelou que chegou a trabalhar na Fábrica de Tecidos do Pedregulho por um curto período. “Naquela época a máquina não tinha proteção, uma amiga escorregou, caiu e a máquina pegou o braço dela, que ficou em carne viva. Quando eu vi aquilo, saí correndo da fábrica pra casa e nunca mais voltei, nem pra dar baixa na carteira”, disse a costureira.

Marília Fontes foi casada com Joaquim Irineu de Andrade, conhecido como professor Quinzinho, que foi prefeito de Areias, era farmacêutico, foi diretor escolar na Escola Primária da Aeronáutica, participou da Revolução de 32 e, junto com outros moradores do Pedregulho participou da fundação da Sabap. “Meu marido foi maravilhoso, tivemos um casal de filhos, a Eduarda Cristina e o Luiz Antonio.  Uma vez ele (o marido) me pediu para dar um palpite no jogo da Loteria, dizendo: “Quem sabe a gente tira a sorte grande”. Eu dei o palpite, mas disse pra ele que a minha grande sorte foi ter me casado com ele”, narrou dona Lia, que em companhia do marido frequentava os bailes da Sabap. “Os bailes da Sabap eram maravilhosos, entre vários artistas, me lembro que nós vimos o Jair Rodrigues, o Wilson Simonal, Aguinaldo Rayol. Os bailes de Carnaval eram muito bons, respeitosos, famílias inteiras iam no Carnaval na Sabap”, rememorou dona Lia.

O vereador Marcelo da Santa Casa (PSD) disse que quando a Câmara Municipal voltar do recesso em agosto próximo, ele fará uma Moção de Aplausos em comemoração aos 130 anos do bairro Pedregulho. “Eu nasci e fui criado no Pedregulho, sai do bairro com 28 anos, tenho muitos amigos no bairro, sinto saudades”, disse o vereador.

O JNP ouviu vários moradores e moradoras do bairro, para saber como eles imaginavam o futuro do Pedregulho, que hoje tem poucos terrenos vazios. A maioria das pessoas não souberam expressar como será o futuro do bairro e, por unanimidade, todos disseram que o bairro tem de tudo, por isso não conseguiam imaginar o futuro deste importante bairro de Guaratinguetá. Para a equipe do JNP, provavelmente, com o passar dos anos, os prédios acabarão tomando os espaços onde hoje estão as casas.  

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