Queda de avião em Vinhedo acende alerta nos moradores do Pedregulho
Um dos assuntos mais comentados nos últimos dias entre os
moradores do bairro Pedregulho, foi a queda do avião na cidade de Vinhedo- SP
que causou a morte de 62 pessoas, isso porque o Pedregulho fica na rota de voos
das aeronaves da EEAR (Escola de Especialistas de Aeronáutica e muitos aviões
passam bem baixo pelo bairro.
Alguns moradores do bairro sugeriram que o Jornal Nosso
Pedregulho fizesse uma matéria sobre o assunto e todos os ouvidos pela
reportagem demonstraram um certo receio sobre o bairro estar na rota de voos e
existem dois ou três dias da semana onde a chegada e partida de aeronaves são
mais intensas.
O caminhoneiro aposentado Celso Benedito Nicoli, 70 anos, que
nasceu no bairro, na Rua Guaranis, pelas mãos da parteira Dulce Macedo, disse
que várias pessoas já lhe disseram que tem medo de uma possível queda de um
avião no bairro. “Eu fico apreensivo, tenho medo que ocorra um acidente, os
aviões passam em cima das casas e, nós não temos nenhuma informação se os
aviões passam por manutenção, de quanto em quanto tempo é feita essa revisão, é
uma questão complicada”, disse o aposentado.
Celso Nicoli contou que no início do ano 2000, ele estava
trabalhando no Pará e, chegando próximo ao Natal, um amigo lhe perguntou se ele
queria voltar para Guaratinguetá, para passar as festas com a família; “Quer ir
pra Guará? Eu arrumei uma carona pra você”, disse o amigo e Celso Nicole respondeu:
“Claro, quando é a carona? ” O amigo lhe falou que tinha conseguido um voo
gratuito e antes que ele terminasse a explicação, Celso Nicoli disse: “De
avião? Não quero não, muito obrigado, tenho medo de avião, nunca andei de avião
e nem quero voar. As pessoas falam que o avião é o meio mais seguro de se
viajar, mas eu prefiro viajar pelas estradas”, disse Celso Nicoli.
Vários moradores do bairro Pedregulho também demonstraram
medo e receio sobre os aviões que passam sobre suas casas, mas nenhum deles
quiseram se expor.
Na busca de informações sobre as aeronaves que passam sobre
as casas do bairro, o Jornal Nosso Pedregulho entrou em contato com a assessoria
de comunicação da EEAR e a mesma solicitou que as perguntas fossem direcionadas
a assessoria de imprensa da Força Aérea Brasileira, o que foi feito, mas até o
fechamento desta matéria as respostas não foram enviadas a redação do jornal.
As perguntas enviadas a assessoria de imprensa da FAB foram as seguintes: 1- De
quanto em quanto tempo é feita a manutenção das aeronaves da EEAR? 2- Quem faz
essas manutenções? 3- Os pilotos passam por reciclagens para aprimorar seus
trabalhos? 4- As aeronaves são abastecidas na EEAR? 5- Existe um controle de
qualidade dos combustíveis? 6- É verdade
que há uns anos uma aeronave teve de fazer um pouso forçado? 7- Se a
resposta da pergunta 6 for sim, o que ocasionou o pouso forçado e quais foram
as consequências?
A intenção do Jornal Nosso Pedregulho é buscar
informações que sejam uteis aos moradores do bairro e neste caso é uma questão
que preocupa muitos moradores.
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