Editorial - As diferenças que pesam em nossos bolsos e nem percebemos
As diferenças que pesam em nossos bolsos e nem percebemos
O portal
UOL (Universo Online) lançou em fevereiro deste ano a série de reportagens
investigativas “Brasil dos Privilégios” que revela como benefícios concedidos a
autoridades, servidores públicos e grupos específicos marcam a desigualdade no
Brasil. A investigação rastreou os supersalários e regalias do Judiciário
brasileiro.
O levantamento
revelou que em 2023, os supersalários custaram aos cofres públicos do Brasil R$
11,1 bilhões e em 2024, pelo menos 36 mil funcionários públicos receberam
"supersalários", que assim são chamados porque excedem o teto
constitucional, que corresponde à remuneração de um ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF).
A
investigação do UOL analisou mais de 57 milhões de contracheques, e os
resultados indicam que a maioria dos juízes também recebe acima do teto. O
estudo também aponta para o alto custo do funcionalismo público e a
concentração de altos salários em determinados cargos.
É abissal a
desigualdade socioeconômica no Brasil, os valores do teto salarial
constitucional fixados para 2024 foi de R$ 44.008,52 até R$ 46.366,19 a partir
de 01/02/2025, sendo que a grande maioria dos brasileiros recebem o salário
mínimo de R$ 1.518,00. Nós que vamos à feira-livre, ao supermercado, à padaria,
sabemos da dificuldade para se manter.
Há um tempo
com R$ 50,00 era possível fazer a feira, levando pra casa frutas, legumes,
hortaliças e até comer o delicioso pastel da feira, mas hoje isso já não é
possível, não por culpa dos feirantes, mas sim porque a má distribuição do
dinheiro no Brasil é e sempre foi falha.
Também há
um tempo, ao ir ao supermercado, com R$ 200,00 ou R$ 300,00 você conseguia
voltar para casa com um número considerável de produtos para passar o mês
tranquilo e até com alguns produtos extras, tipo azeite, chocolate, vinho,
carnes e outros produtos, mas hoje, com o mesmo valor conseguimos trazer apenas
o básico, que muitas vezes nem dá para o mês.
Algumas
pessoas podem não entender, podem criticar e divergir, mas a realidade é que
tudo isso está ligado a política. Quando elegemos um vereador, um deputado
estadual ou federal, um senador, um governador e um presidente da República,
são eles que poder contestar, solicitar melhorias e equilíbrio financeiro na
vida das famílias brasileiras. Achar que o idealismo, o partidarismo ou
qualquer coisa fora da realidade irá nos “salvar” é um grande erro.
O ministro
Flávio Dino apresentou uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional), prevê que
juízes, membros do Ministério Público e Militares percam seus cargos em casos
de infração grave, mudando a realidade de hoje em que o magistrado é
aposentado, mantendo seus vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. No
mais Olho Vivo e Faro Fino!
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