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A Fábrica de Sabão do Pedregulho marcou época no bairro

                         A Fábrica de Sabão do Pedregulho marcou época no bairro

      O resgate da história do Pedregulho desta edição é sobre a antiga Fábrica de Sabão que funcionou no o Charque e é lembrada com saudosismo por muitos moradores do bairro. A Fábrica de Sabão teria sido trazida do Rio de Janeiro para o Pedregulho por Faustino Moreira e, foi administrada pelos seus filhos Mario Moreira e Pedro Moreira na produção artesanal de sabão em pedra, utilizando ossos e sebos vindos do Matadouro Municipal do Pedregulho e de açougues de Guaratinguetá.

Na memoria de muitos moradores do bairro estão as barras de sabão: Zazá, Amor, Coco, União e Sulumita, que nas décadas de 40, 50 e 60 eram as únicas opções para muitas pessoas lavarem roupas, louças e todos os demais objetos que necessitassem ser limpos. “Eu me lembro da Fábrica de Sabão, eu e minha irmã sempre íamos comprar sabão lá, todo mundo do bairro ia comprar sabão na fábrica. Eu era muito amiga dos filhos do seu Mário”, disse Marília de Oliveira Fontes, costureira de 83 anos, conhecida como dona Lia.

As histórias contadas pelos moradores dão conta de que pessoas do Pedregulho, de Guaratinguetá e das cidades vizinhas vinham comprar sabão na fábrica do Pedregulho e que o senhor Mário era muito boa pessoa. “O sabão era bem feito, bem embalado e tinha um caminhão que levava as caixas de sabão para os armazéns e mercearias em Guará e em outras cidades. O seu Mário era gente boa, mas muito mão de vaca”, disse um morador.

 O sindicalista Benedito Aniceto de Abreu, o Ditinho do Sindicato da Teci, conta que havia um taxo bem grande na fábrica de sabão, onde eram despejados os ossos, cartilagens e restos que vinham do Matadouro e dos açougues e eram cozidos com produtos químicos até virarem um liquido denso, que ao esfriarem eram cortados em barras. “O Messias e o Jorge viravam o sabão líquido nas formas, esperavam esfriar, contavam em barras e levava o sabão para ser embalado”, disse Ditinho.

Nas décadas de 40, 50 e 60 muitos moradores do Pedregulho iam ao Matadouro em busca de uma mistura para suas refeições. “Eu e meus amigos, na época de moleques, ia toda as segunda-feira e sábados na fábrica de sabão, eram os dias que chegavam os caminhões com os ossos na fábrica e, antigamente o Matadouro e os açougues não aproveitavam tudo do boi, então antes dos ossos ser levado pra dentro da fábrica eu e meus amigos pegávamos o bucho, partes dos rins, a gente tirava todas as carnes da cabeça do boi e depois a gente levava tudo pra casa”, recordou Ditinho.


O Jornal Nosso Pedregulho esteve no Charque onde funcionou a Fábrica de Sabão, mas não existe nenhum resquício do antigo prédio, o espaço foi tomado pelo mato e também não foi encontrada nenhuma foto da empresa da família Moreira.   

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