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Você sabia que um presidente do Brasil morou muitos anos no Pedregulho?

                       Você sabia que um presidente do Brasil morou muitos anos no Pedregulho?

O Jornal Nosso Pedregulho (JNP) entrevistou no último mês de setembro, o casal Antonio Pedro Vilanova, 85 anos, pedreiro e Reny Veloso Barbalho Vilanova, 82 anos, bordadeira, moradores do Pedregulho há mais de 70 anos e ambos têm muitas histórias sobre o bairro, inclusive a que o ex-presidente do Brasil, Francisco de Paula Rodrigues Alves morou muitos anos no Pedregulho e sobre o dia que Roberto Carlos foi agredido ao fazer um Show no cinema do bairro.

Presidente do Brasil- Em 2020 o jornalista Euler de França Belém publicou um texto no Jornal Opção, com informações inusitadas sobre o presidente Rodrigues Alves, que teria falecido em 1919 vítima da Gripe Espanhola, não se irritava com as críticas da imprensa, criou o Instituto Serumtherápico, atual Instituto Butantan, criou a Faculdade de Medicina de São Paulo, atual USP e combateu a Varíola, a Febre Amarela e a Peste Bubônica.

Rodrigues Alves nasceu na fazenda do Pinheiro Velho, bairro do Machadinho em Guaratinguetá, foi deputado provincial de 1872 a 1875, vereador de 1879 a 1882,  deputado constituinte e federal de 1890 a 1891, presidente de São Paulo de 1887 a 1888, senador de 1893 a 1894 e presidente de 1902 a 1906. Rodrigues Alves casou-se com Ana Guilhermina de Oliveira Borges, com quem teve 8 filhos.

Pedregulho- O casal Vilanova contou que o casarão de Rodrigues Alves no Pedregulho, foi construído na Av. João Pessoa, onde hoje funciona o Best Center (Lojas Americanas). “A mansão era enorme, suntuosa, nos fundos, tinha uma pista de corridas de cavalos, que começava onde hoje é a Rua Carlos Alvim Taques Bittencourt (atrás da Sabap) e ia até perto do ribeirão que corre paralelo ao rio Paraíba. Onde hoje é o Boticário, funcionava o bar do Ezequiel, que na época tinha a pinga de primeira, a linguiça de primeira e aí as pessoas que vinham pras corridas de cavalo iam ao bar do Ezequiel”, disse Pedro. A historiadora Thereza Regina de Barros Maia, 90 anos, fundadora e diretora do Museu Frei Galvão e do Arquivo Memória de Guaratinguetá confirmou que o ex-presidente do Brasil Rodrigues Alves morou no Pedregulho.

Roberto Carlos- O caso sobre o astro Roberto Carlos ocorreu quando ele veio fazer um Show no Pedregulho, no Cinema Ipiranga e acabou sendo agredido, um fato inusitado, uma vez que o Roberto Carlos nessa época era muito famoso em todo o Brasil. “Eu acredito que os jovens ficaram com ciúmes do Roberto Carlos, porque as moças gostavam muito dele, fizeram a agressão”, disse Reny.

Carro de boi- Pedro Vilanova conta que quando tinha 06 anos sua família veio do bairro Dos Pilões para o Pedregulho para seu pai Antonio Vilanova, trabalhar na Escola Agrícola, no preparo da terra para o plantio de arroz. “Meu pai, Pedro Vilanova, trabalhou na fazenda do Pedro Barbosa no bairro Dos Pilões, puxando lenha em carro de boi. Naquela época a lenha era usada na caldeira pra gerar energia, meu pai levava lenha na fábrica de tecido e em outros lugares”, lembrou Pedro.

Primeiro emprego- Ao completar 15 anos Pedro Vilanova começou a trabalhar na fábrica de tecido, na máquina de fio de pelo de cabrito que ficava em uma sessão com quase 400 moças com idade média de 16 anos. “Em 65 esse setor começo a fracassar e os comentários era que a fábrica iria demitir o pessoal, eu estava insatisfeito com o meu salário, aí pedi demissão”, contou Pedro.

Ao ficar desempregado, Pedro Vilanova não tinha muitas opções de trabalho, mas a situação foi revertida ao encontrar um amigo. “Logo que eu saí da fábrica de tecidos eu comecei a procurar um novo emprego, eu tinha 25 anos, dois filhos e precisava trabalhar. Um dia eu encontrei um amigo de futebol, o Mutchatcha, que trabalhava no cafezinho da Indrogal, e ele me falou que tinha três vagas na fábrica que tava começando a fundição de Zinco. Eu fui pra entrevista, tinha um tradutor que passava minhas respostas pro alemão e eu acabei contratado e me aposentei na Indrogal”, disse Pedro, lembrando que trabalhou como pedreiro até 2017 para complementar a renda e sustentar sua família.

Reny Vilanova conta que durante muitos anos trabalhou como bordadeira para uma confecção de roupas para berços, lençóis e mantas, produtos iam para São Paulo e exportados para a Argentina. “Eu trabalhei 11 anos nessa confecção, muitas vezes bordava em casa. Eu tenho muitas lembranças do Pedregulho, pra você ter ideia, eu tinha uns quando as casas começaram a ser construídas no Pedregulho com interferência do Broca Filho”, disse a bordadeira. André Broca Filho (Arena), foi um advogado e comerciante que nasceu em Guaratinguetá em 1912, foi prefeito da cidade, deputado estadual e federal, mas essa história será contada numa próxima edição.

   

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