Por Renata Carvalho- Escritora e Co-CEO Mega Patrimonial

Aquecimento global - mito ou verdade?

Aproveitando A COP 30 acontecendo neste momento em Belém no Pará - é a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) — um grande encontro mundial que reúne líderes de quase 200 países, cientistas, ativistas e representantes da sociedade civil para discutir ações contra as mudanças climáticas. 

Os principais temas são: • Redução das emissões de gases do efeito estufa (como CO₂ e metano); • Preservação das florestas, especialmente a Amazônia; • Transição para energias limpas e renováveis; • Compromissos financeiros dos países ricos para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar as mudanças climáticas; • Planos de adaptação para lidar com secas, enchentes e outros efeitos do aquecimento global. 

 Por que a COP 30 é importante?

Porque o mundo precisa decidir como cumprir as metas do Acordo de Paris (firmado na COP 21, em 2015), que estabeleceu o limite de 1,5°C de aquecimento até o fim do século. A COP 30 deve ser um momento de avaliação e cobrança global — e o Brasil, como anfitrião e guardião da Amazônia, terá papel de destaque nas negociações.

 O aquecimento global é um dos temas mais debatidos do século XXI e desperta discussões que envolvem ciência, economia, política e meio ambiente. A principal questão é: estamos realmente vivendo um processo de aquecimento provocado pelo homem ou trata-se de uma variação natural do clima da Terra?

 Para a maioria dos cientistas e organizações internacionais, como a ONU e o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), o aquecimento global é uma realidade comprovada e preocupante. Dados mostram o aumento da temperatura média do planeta em cerca de 1,1°C desde a Revolução Industrial, coincidindo com o crescimento do uso de combustíveis fósseis, desmatamento e industrialização. Esse aquecimento estaria provocando consequências graves: elevação do nível dos oceanos, derretimento das calotas polares, secas severas, enchentes, furacões e perda da biodiversidade.

Nessa visão, o homem seria o principal responsável, e a única solução possível seria a mudança de comportamento — com políticas ambientais, uso de energias limpas e consumo consciente. Por outro lado, há estudiosos e setores céticos que afirmam que o aquecimento global pode ser um fenômeno natural, parte de ciclos climáticos que a Terra sempre apresentou. Eles lembram que já houve períodos de aquecimento e resfriamento muito antes da presença humana significativa, como as Eras do Gelo e as fases interglaciais. Para esses críticos, os dados sobre temperatura global podem estar sendo interpretados de forma exagerada ou influenciados por interesses políticos e econômicos ligados à indústria ambiental.