Por Ana Paula Assad- Psicóloga, formada Pela Universidade de Taubaté, Pós graduada em Terapia Cognitiva Comportamental pela Unisal-Lorena @psicoanaassad
Por Ana Paula Assad- Psicóloga, formada Pela Universidade de Taubaté, Pós graduada em Terapia Cognitiva Comportamental pela Unisal-Lorena @psicoanaassad
Brasil: somos os campeões em transtornos mentais?
A urgência de
fortalecer a política pública de saúde mental no Brasil
Nos últimos anos,
o país tem vivido um aumento de casos de ansiedade, depressão e transtornos
relacionados ao estresse. Ao mesmo tempo, a estrutura de cuidado ainda caminha
para alcançar o tamanho da demanda. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS),
responsável por organizar o cuidado no SUS, é um avanço histórico, pois
prioriza um modelo comunitário, humanizado e livre de internações longas, mas
que ainda enfrenta desafios profundos.
O primeiro é o
subfinanciamento. A saúde mental recebe menos recursos do que o necessário para
manter equipes completas, ampliar serviços e garantir atendimento
contínuo.
Outro obstáculo é
a desigualdade regional. Enquanto algumas capitais têm uma rede estruturada,
municípios menores convivem com a falta de psicólogos, psiquiatras e serviços
especializados.
O estigma também é
um dos grandes muros. Muitas pessoas evitam buscar ajuda por medo de
julgamento, vergonha ou falta de informação. A ausência de campanhas contínuas
de conscientização e a persistência de preconceitos dificultam o acesso e
agravam o sofrimento silencioso de milhares de brasileiros.
Mas existem
caminhos possíveis!!! Fortalecer a rede pública, ampliar a presença de
psicólogos e equipes multiprofissionais na Atenção Básica e financiar programas
de prevenção são passos indispensáveis. Investir em educação emocional nas
escolas, apoio psicossocial no ambiente de trabalho e ações comunitárias também
faz parte de uma política pública mais inteligente e sustentável.
A saúde mental não
se resume a tratar crises; ela envolve prevenir, acolher e garantir direitos. O
país só avança quando entende que sofrimento psíquico não é fraqueza, é uma
questão de saúde pública.
O desafio é
gigante, mas a mudança começa com as escolhas políticas, fluxo de investimentos
e, sobretudo, com o compromisso de enxergar cada pessoa como alguém que merece
cuidado digno, humano e contínuo.
Saúde mental é um
direito, não um privilégio.

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